Tratamentos com biológicos
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Na próxima semana, mais precisamente a 12 de Fevereiro, completam-se 7 anos após
a cerimónia pública de lançamento do Reuma.pt. Um dos motivos que levou ao
desenvolvimento desta plataforma foi a necessidade de garantir a utilização
adequada dos fármacos biológicos, estabelecendo critérios de rigor para início e
manutenção do tratamento e monitorizando a sua segurança (eventos adversos).
Nesta newsletter faremos uma breve caracterização da utilização destes
fármacos, com base nos dados registados no Reuma.pt.
No final de 2014, como ilustrado no gráfico com o n.º de biológicos activos
abaixo apresentado, 6 fármacos biológicos destacam-se dos restantes: Etanercept,
Adalimumab, Infliximab, Golimumab, Tocilizumab e Rituximab. No entanto, no ano
de 2014, foram registados tratamentos com 3 novos biológicos (Certolizumab,
Denosumab e Ustecinumab), elevando para 13 o n.º de diferentes terapêuticas
biológicas utilizadas no tratamento de doentes reumáticos. Refira-se ainda o
início de tratamentos com biossimilares do Infliximab.
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Dos 12122 doentes registados no Reuma.pt, 3173 (26,2%) estão a efectuar
tratamento com terapêutica biológica, havendo ainda 523 doentes (4,31%) que já
efectuaram tratamento com biológicos, mas que deixaram de o fazer.
Relativamente aos doentes com biológico activo, 65,6% são do sexo feminino e
24,4% do sexo masculino. No quadro seguinte, apresentamos alguns outros indicadores relativos a doentes com
biológico activo:
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Indicador |
Média |
DP |
N |
Idade actual (anos) |
49,99 |
16,34 |
3173 |
Peso actual (Kg) |
68,51 |
19,53 |
2125 |
Duração da doença até início do biológico (anos) |
10,82 |
9,22 |
2707 |
Duração da doença até actualidade (anos) |
16,33 |
9,97 |
2707 |
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Do total de doentes expostos a biológicos, 26,9% já fizeram mais do que um
fármaco biológico, sendo que a maioria destes doentes (cerca de 68,9%) apenas
trocou uma vez de terapêutica biológica. No entanto, de todas as terapêuticas
biológicas iniciadas, 38,2% foram suspensas. Destas, como podemos verificar no
quadro seguinte, a ineficácia do
medicamento foi a principal razão para a suspensão do tratamento (56,7% das
suspensões). Destaca-se também o facto de 23,8% das suspensões terem
sido devidas a efeitos adversos, entre os quais 10 casos mortais.
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Indicador |
Valor |
Pct. |
Total de terapêuticas suspensas |
1962 |
38,2 |
Total de terapêuticas suspensas devido a efeito adverso |
467 |
23,8 |
Total de terapêuticas suspensas devido a recusa por parte do doente |
22 |
1,12 |
Total de terapêuticas suspensas devido a ineficácia |
1113 |
56,7 |
Total de terapêuticas suspensas devido a perda de seguimento |
21 |
1,07 |
Total de terapêuticas suspensas devido a morte |
10 |
0,51 |
Total de terapêuticas suspensas devido a gravidez |
7 |
0,36 |
Total de terapêuticas suspensas devido a remissão |
34 |
1,73 |
Total de terapêuticas suspensas devido a cirurgia |
21 |
1,07 |
Total de terapêuticas suspensas devido a outras razões |
363 |
18,5 |
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